(in: http://www.luso-poemas.net/)
As Madressilvas pertencem às Caprifoliaceae, família de média dimensão, com uma grande área de distribuição, embora ausente na maior parte de África e América do Sul. São plantas trepadeiras lenhosas, umas decíduas e outras perenes, que se apoiam noutras plantas ou muros, com flores em forma de campainhas, delicadas e perfumadas.
Em Portugal poderemos encontrar quatro espécies distintas, sendo três nativas - madressilva-das-boticas (Lonicera peryclimenum L.), madressilva-caprina (Lonicera etrusca Santi) e madressilva (Lonicera implexa Aiton), e uma espécie oriunda da Ásia Oriental e introduzida nos nossos jardins - madressilva-do-japão (Lonicera japonica Thhunb.) Esta última espécie foi considerada invasiva nos Estados Unidos e Nova Zelândia.
O termo Lonicera respeitante ao nome científico das Madressilvas (referente ao género) foi adaptado ao latim por Carl Linné, como homenagem ao médico e botânico alemão Adam Lonitzer. A palavra Madressilva terá surgido na época medieval, quando a palavra madre já se tinha tornado corrente, sendo silva o significado de “vegetação bravia”. Hoje em dia é muito utilizada como planta ornamental devido às suas belas e perfumadas flores.
Neste artigo iremos debruçar-nos apenas sobre a Madressilva (Lonicera implexa Aiton), que com o seu perfume atrai as borboletas nocturnas que asseguram a sua polinização.
As fragrantes flores da Madressilva crescem num arbusto trepador, de folha perene, que pode atingir até 2 metros de altura. Os caules são lenhosos e as terminações são multi-ramificadas. As suas flores crescem em grupos de 2 a 6, parcialmente envolvidas por folhas. Poderemos descrever as flores como tubos cor-de-rosa abertos por pequenas pétalas brancas. Igualmente envolvidas pelas folhas encontramos as suas bagas vermelhas, as quais são tóxicas, sendo os vómitos e diarreias os sinais mais evidentes da sua imprudente ingestão.
É uma planta muito frequente nas regiões mediterrânicas, sendo que em Portugal é frequente nas regiões Centro e Sul, e numa região mais restrita do Nordeste transmontano, junto ao rio Douro. Como habitat, a Madressilva prefere matagais, orla de bosques, terrenos baldios e montanhas de baixa altitude.
No que respeita às suas características medicinais atribui-se às suas flores e folhas propriedades anti-sépticas, diuréticas, adstringentes e laxativas.
Aqui fica a sugestão para embelezar e perfumar o seu jardim: porque não a Madressilva? Com esta planta é possível decorar muros, colunas, redes, etc. Caso encare esta escolha para um jardim é certo que as borboletas irão aparecer.
Família: Caprifoliaceae
Género: Lonicera
Espécie: Lonicera implexa Aiton
Nome vulgar: Madressilva, Madressilva - entrelaçada
Época de floração: Abril - Agosto.
Descrição: arbusto trepador, perenifólio, de caule flexível, lenhoso, e folhas opostas, que pode atingir até os 2 metros de altura (raramente atinge alturas superiores).
Folhas: simples, coriáceas, elípticas a obovadas, oposto-cruzadas, verde-escuras brilhante na página superior e verde pálido na página inferior, podem ter até 80 mm de comprimento; folhas imediatas à floração (folhas distais) adunadas (aderentes duas a duas, de modo a constituírem uma só), geralmente revolutas na margem, esverdeadas e sem pecíolo.
Flores: tubos rosados, até 45 mm de comprimento, abrindo em pequenas pétalas brancas, hermafroditas (apresentam elementos reprodutores dos dois sexos), pentâmeras, reunidas em glomérulos (cimeira multiflora, muito contraída, frequentemente globosa ou sub-globosa), terminais sésseis.
Fruto: baga avermelhada (tóxica).
Habitat: matagais esclerófilos, matagais densos, orla de bosques, terrenos baldios e montanhas de baixa altitude
Distribuição: frequente nas regiões mediterrânicas, em Portugal no Centro e Sul, Nordeste transmontano junto ao rio Douro e nos Açores.
Curiosidades: Consta que a Madressilva era uma das plantas predilectas de Shakespeare, estando o seu nome em inglês – honeysuckle – relacionado com o seu perfume doce. Em França, denomina-se por Chèvre Feuille, acreditando-se que se se construir uma casa no lugar onde nasceu uma Madressilva, aquela será robusta.» (Fonte: Quercus.pt)
Por último: segundo a tradição Celta esta planta é geralmente associada ao bem-estar económico, e supostamente também agudiza a intuição.
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